
Mandela não discursou propriamente, mas teve uma mensagem sua gravada e exibida às várias milhares de pessoas que se acotovelavam no estádio, no evento da ANC (Congresso Nacional Africano, na sigla em inglês), partido fundado por ele.
"À medida que nos empenhamos em assegurar uma vitória decisiva nesta eleição, temos de lembrar do nosso primeiro objetivo (...) que é erradicar a pobreza e assegurar uma vida melhor para todos. A ANC tem uma responsabilidade histórica de liderar nossa nação e ajudar a construir uma sociedade não racial", disse, sem sequer mencionar o nome de Zuma. Mandela foi aplaudido e tratado como heroi.
Estas eleições são históricas na África do Sul. Jacob Zuma é um político populista, muito diferente do estilo intelectual e politicamente correto que vinha marcando os líderes do país desde o inicío do regime democrático pós-Apartheid. (Veja perfil de Zuma). Zuma deve quebrar uma cultura política construída por Mandela, embora tenha legitimidade por sua origem tribal e forte carisma popular. Ainda não se sabe o que virá de seu governo, certo apenas é que um capítulo está prestes a ser fechado na história da África do Sul. E Nelson Mandela, seu principal protagonista, parece ter o epílogo merecido - reconhecimento e imortalidade.
(colagem de Mandela difundida na web - autor desconhecido)
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"Toda unanimidade é burra" - Nelson Rodrigues