terça-feira, 31 de março de 2009
Morre Raúl Alfonsín, na Argentina
Alfonsín era ultimamente a maior referência ética da política da Argentina, em tempos que o país carece de lideranças e padece, uma vez uma vez, do populismo.
Assim que assumiu o governo, em 1983, após a derrocada dos militares com a malograda Guerra das Malvinas, Alfonsín deixou o caminho aberto para o julgamento dos militares. Criou uma comissão, a Conadep, que documentou as violações aos direitos humanos, ocorridas durante a Guerra Suja na Argentina, quando desapareceram cerca de 30 mil pessoas, dando origem ao livro Nunca Más.
Alfonsín foi uma espécie de "Sarney" da Argentina, com a diferença de que por lá ele morreu reconhecido pelo comportamento ético e de estadista. O ex-presidente governo sob sérias turbulências políticas e até tentativas de golpes por regimentos militares isolados.
Junto com Sarney, deu o passo inicial para a criação do Mercosul, e da integração sulamericana. Seu governo foi também marcado pela instabilidade econômica e o lançamento de planos e de uma moeda, o Austral. Nos seus anos finais na Casa Rosada, teve de sair antes do tempo, a fim de evitar uma grave crise política no país. Foi sucedido por Carlos Meném, com quem fez um trato de governabilidade conhecido como Pacto de Olivos.
Opositor dos peronistas, Alfonsín voltou a ser a grande voz da UCR (União Cívica Radical) nos últimos anos, após a decorrada do governo de seu partidário, Fernando de La Rua, em 2001, no ápice da crise argentina.
Veja texto do diário La Nación e também o perfil de Alfonsín na Wikipedia (en español, já que o perfil em português está pobre).
segunda-feira, 30 de março de 2009
Sarah Brown: pega pela gramática em convite do G20
sexta-feira, 27 de março de 2009
hackers atacam site dos Kirchner na Argentina
Com níveis pessimos de aprovação, que irão piorar nos próximos meses à medida que a crise (econômica, global, e política, local) se agrava, os Kirchner (Cristina, a presidentA, e Néstor, o Rasputin do governo) mandaram uma lei para o Congresso para adiantar as eleições legislativas de outubro para junho.
Hoje, logo após a aprovação da lei no Senado (que ocorreu ontem), as ruas de Buenos Aires amanheceram com propaganda política do casal.
Hoje mesmo, em represália, um grupo de hackers entrou no site da Frente para la Victoria, a agremiação peronista que levou os Kirchner à Casa Rosada. O resultado logo se vê:
terça-feira, 24 de março de 2009
Debora Serracchiani: uma "obama" da Itália?
Veja "a Itália e sua política mofada ", neste blog
Dias atrás, ela discursou na convenção do partido e reproduziu, a la italiana, o mesmo sucesso de Barack Obama, que se fez famoso num encontro dos Democratas há alguns anos, pavimentando seu caminho à Casa Branca. Seu discurso faz sucesso na internet e Debora já vem sendo chamada de a "obama da Itália".
Phillippe Starck terá um reality show na BBC
segunda-feira, 23 de março de 2009
Lampreia chama Celso Amorim de cara de pau
Lampreia questiona uma declaração de Amorim, segundo a qual a “a globalização da política externa brasileira atuou como um dos colchões para ajudar o país a enfrentar a crise". Lampreia escreveu: "Esta é uma das declarações mais falsas e auto-propiciatórias que tenho visto um homem público fazer", e seguiu argumentando contra seu sucessor.
No ínicio do ano, quando Amorim fez uma viagem controversa ao Oriente Médio, durante o ataque isralense à Faixa de Gaza, Lampreia escreveu: "No seu afã de protagonismo, o ministro Amorim iniciou um périplo no Oriente Médio que beira o ridículo".
Deve haver mais que discordância ideológica entre os dois colegas do Itamaraty. Até o momento, Amorim tem se mantido diplomaticamente calado... vamos ver até quando!
Filho de político tem de ir para escola pública, prevê projeto de lei de Cristovão Buarque
Na justificativa do PLS 480 de 2007, Buarque diz que a opção pelo ensino privado"mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público". O senador vai além e argumenta que "além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos", contabilizando uma deducação de mais de R$ 150 milhões nas suas respectivas declarações de Imposto de Renda.
Resumo da ópera: o projeto nunca vai passar se não houver pressão pública. Alguém já viu deputado e senador votando lei que os afete??? Vide a eterna promessa da Reforma Política... O PLS 480 está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). Para fazer pressão, escreva para o presidente da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
domingo, 22 de março de 2009
Chavez teria tentado derrubar Raúl Castro
"Hugo Chávez se opone a la relación de Raúl Castro con Barack Obama porque si se produce ese acercamiento, se le vienen abajo todas sus consignas y retóricas antiimperialistas. Por eso es que sostengo que el presidente de Venezuela estuvo involucrado en una conspiración contra el gobierno de Cuba", disse Castañeda ao Perfil.
Se as declarações de Castañeda não forem mais uma das inúmeras teorias da conspiração que alardeiam nossos criativos hermanos hispánicos, Chávez estará em maus lençóis. Tanto porque Cuba ocupa um espaço essencial na sua retórica anti-imperialista, que ganha adeptos pelo continente. Certo apenas é que a demissão de Roque, ex-chanceler da ilha, e de Lage, ex-chefe de gabinete, despertou a curiosidade dos analistas políticos que não encontravam respostas para a saída dos dois ministros. Ambos eram frequentemente apontados como sucessores de Raúl Castro... A esperar pela cenas do próximo capítulo.
sábado, 21 de março de 2009
US$ 3 mil para quem se casar com uma viúva
(viúvas em Gaza. Alguém se candidata?)
Até o momento, nenhum homem se candidatou à oferta. Tanto porque é necessário confirmar que possui recursos suficientes para assegurar uma boa vida à nova conjuge e aos filhos do primeiro casamento dela. Entidades de defesa da mulher já estão se manifestando contra a proposta, por motivos obvios.
quarta-feira, 18 de março de 2009
a solução é (não) alugar... Madagascar
terça-feira, 17 de março de 2009
Mercado de arte empobrece depois da crise global
Volume de vendas cai com saída de cena da classe média; no Brasil, efeito ainda não veio com força, mas há desaquecimento
Britânica Christie's vai fazer corte de 20% no número de funcionários; ações da americana Sotheby's caem 64% desde setembro
Passados nove meses de sua morte, o estilista francês Yves Saint Laurent causou frisson em Paris há três semanas. Sua coleção de arte privada, e de seu companheiro Pierre Bergé, foi leiloada por 373,5 milhões (foto acima).
O valor é recorde, mas o que mais estarreceu o setor, acostumado a cifras exorbitantes, é que a venda se deu no meio da turbulência econômica que varre o mundo. Apesar do resultado grandioso, as artes já amargam os efeitos da crise, com feiras enxutas e clientes ressabiados. No Brasil, a crise ainda não chegou com força, mas o mercado já se desacelerou. Na Bolsa de Arte do Rio, a captação de obras para a temporada de leilões, por enquanto, é 50% menor que em 2008.
O mercado de artes plásticas, assim como quase toda a economia, vivia tempo de vacas gordas até o estouro da crise. Poucos dias após a concordata do banco americano Lehman Brothers, há seis meses, um leilão com obras do britânico Damien Hirst (próxima foto) levantou US$ 107,8 milhões em Londres. Mas a bolha da arte contemporânea parece ter estourado. "Não se pode esperar que uma obra de um artista com menos de 50 anos valha mais que um Rafael", diz Pedro Corrêa do Lago, representante no Brasil da casa de leilão Sotheby's, referindo-se a um dos ícones da Renascença.
Apetite
A disparidade de preços mostra o quão aquecido andava o mercado de artes, sobretudo pelo apetite dos novos milionários russos e de colecionadores da Ásia. No Brasil, guardadas as devidas proporções, o mercado seguia igualmente bem. Ainda não se consegue ver com clareza os eventuais estragos da crise por aqui, já que as vendas tradicionalmente ganham força a partir de agora, com a temporada de leilões e a SP Arte, feira que acontece em maio.
Dadas as características do mercado brasileiro, muito pequeno e sem políticas públicas de aquisição, a alavancagem das galerias locais sempre foi muito limitada se comparada à das norte-americanas.
Segundo a marchand Márcia Fortes, da galeria Fortes Vilaça, a obra mais cara da última exposição da pintora carioca Beatriz Milhazes foi vendida por R$ 300 mil. Valor muito inferior ao US$ 1,05 milhão arrecadado com a venda de sua tela "O Mágico" (última foto), num leilão da Sotheby's em Nova York, no início do ano passado.
Os galeristas são unânimes em confirmar que o mercado anda "devagar", mas negam que estejam baixando preços. "Estamos é enxugando todo tipo de operação, em cerca de 30%", diz Fortes, que representa outros pop stars da arte brasileira, como Vik Muniz e Ernesto Neto.
Segundo outra marchand, Raquel Arnaud, dona da galeria que leva seu nome, "esta é uma fase de espera". "Os clientes estão mais cautelosos", conta.
Já o galerista Eduardo Leme, que é economista, acredita que parte da retração no mercado internacional de artes se dá porque repentinamente saiu de cena uma classe média que passou a consumir com a bonança dos últimos anos. "Mas isso não acontece no Brasil, porque esse perfil é insignificante aqui." Ele diz que não é só o preço ou a oportunidade do negócio que motiva a compra de uma obra: "Tem o fetiche da peça única e a vontade do colecionador, que vai continuar comprando, senão a peça mais cara, uma mais barata".
Transações milionárias
Por trabalhar com uma mercadoria muito subjetiva, o mercado de artes possui diversas nuances. Os especialistas dizem que a crise não deve impedir, por exemplo, transações milionárias de obras-primas consagradas, cujo preço não deve cair. Um trabalho da fase de vanguarda de Pablo Picasso, por exemplo, vai continuar caro e com mercado garantido, mas uma "obra média", uma gravura dos seus últimos anos, pode se tornar suscetível.
"Se Eduardo Constantini [colecionador argentino] quiser vender "O Abaporu", de Tarsila do Amaral, vai ter quem pague milhões aqui no Brasil", afirma Jonas Bergamin, presidente da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro. O mesmo não acontece com obras menores e artistas menos consagrados, a julgar pela dificuldade de Bergamin em captar peças para a próxima temporada de leilões.
"A oferta para os leilões caiu 50%. É comum pensar que, numa crise, as pessoas vão vender. Podem até deixar de comprar, mas nunca vão vender", diz, considerando que as obras também são uma reserva de valor. Para Corrêa do Lago, da Sotheby's, há "uma correção de 10% a 30% no valor das peças médias". Ele confirma a dificuldade na captação de obras.
E o sucesso do leilão de Saint Laurent? "É que uma peça que pertenceu a ele ganha pedigree", responde Corrêa do Lago. Também havia muitas raridades entre as obras leiloadas, que não vão estar disponíveis tão cedo no mercado.
Preços
Christina Haegler, representante da Christie's, a casa responsável pelo leilão do estilista, também se diz surpresa: "Foi um alívio". Ela conta que o valor das obras tem caído nos pregões. "Na arte contemporânea, os preços caíram até 30%", diz, e também há dificuldade em encontrar peças para os leilões. A desaceleração do mercado de artes já fez com que a Christie's anunciasse que irá fazer "reduções significativas no quadro de funcionários" ao longo deste ano. Fala-se de um corte de até 20%.
O volume de vendas dos leilões antes e depois da crise (apesar da surpresa em Paris) mostra o desaquecimento. Em maio do ano passado, um leilão com produção do pós-Guerra, que incluía o expressionista abstrato Sam Francis, teve 95% dos lotes vendidos pela Christie's. Em novembro, num outro leilão, que incluía peças do também artista americano Jean-Michel Basquiat, 68% dos lotes foram arrematados.
As coisas também não vão bem para a rival Sotheby's. Desde o agravamento da crise, as ações da empresa americana negociadas em Wall Street se desvalorizaram em 64%.
domingo, 15 de março de 2009
Filha de Sarah Palin vai ser mãe solteira
Agora que a campanha acabou, as aparências já não são tão importantes. Tanto porque dona Sarah por si mesma já danou bastante a sua imagem durante a eleição.
segunda-feira, 9 de março de 2009
acabou o celibato do presidente Lugo?
Sessentona, Barbie se muda para a China
A Mattel Inc., a maior fabricante de brinquedos do mundo, ignorou Londres e Paris como o local da primeira loja dedicada ao seu brinquedo mais vendido, e escolheu um prédio de seis andares em Xangai. A loja foi inaugurada neste final de semana e oferece tudo, de roupas da designer de "Sex and the City", Patricia Field, a tratamentos de beleza, passando por coquetéis "Bitini".
A mudança acontece no ano em que Barbie completa 50 anos. A boneca já foi dona-de-casa, dondoca, profissional e tudo o que as mulheres foram ou almejaram ser nas últimas décadas. A foto, uma brincadeira, mostra como a Barbie realmente seria, se aparantasse a verdadeira idade (uns 68 anos, uma vez que a boneca já tinha uns dezoito anos quando nasceu... algo Macunaíma).