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quinta-feira, 23 de abril de 2009

dilema n.º 1 de Jacob Zuma: quem é a primeira-dama da África do Sul?

O primeiro dilema de Jacob Zuma, 67, presidente eleito da África do Sul, envolve uma discussão diplomática e tanto: qual de suas seis (ou mais) esposas será a primeira-dama do país africano?

Numa entrevista que deu à TV, Zuma disse: "Muitos políticos escondem suas senhoras e suas crianças para fazer de conta que são monogamos. Eu amo minhas esposas e sou orgulhoso de minhas crianças".

Mas não parece que todo o amor do mundo seja capaz de convencer os cerimoniais a convidar mais de uma primeira-dama para cúpulas e afins. Quem Sarah Brown iria chamar para a recepção que deu às senhoras consortes durante o encontro do G20 em Londres, no caso da África do Sul?

Resta a questão: com quem será (bis), com quem será que o Zuma vai... aparecer?

No páreo estão Sizakele Khumalo, sua primeira esposa, que ele conhece há mais de 50 anos. Ou então a mais jovem e bonita delas, Nompumelelo Ntuli, 34 (ambas estão na foto, reconhecíveis). A última tem grandes chances - foi ela quem acompanhou Zulu durante a votação. Mas assim que saiu da sala e todos os flashes se puseram sobre ela, Ntuli se mostrou lacônica (lacônica??) ao responder os repórteres. A única coisa que dizia após as questões era: "Jesus é o Senhor!".

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mandela faz seu último discurso à multidão

O líder sulafricano Nelson Mandela levou a multidão à histeria, ontem, num estádio em Joanesburgo. O heroi da luta contra o Apartheid chegou a ofuscar Jacob Zuma, candidato e próximo presidente da África do Sul (as eleições são favas contadas), para quem o circo foi armado. Aos 90 anos, muito fragilizado, Mandela fez muito provavelmente sua última aparição pública perante às massas.

Mandela não discursou propriamente, mas teve uma mensagem sua gravada e exibida às várias milhares de pessoas que se acotovelavam no estádio, no evento da ANC (Congresso Nacional Africano, na sigla em inglês), partido fundado por ele.

"À medida que nos empenhamos em assegurar uma vitória decisiva nesta eleição, temos de lembrar do nosso primeiro objetivo (...) que é erradicar a pobreza e assegurar uma vida melhor para todos. A ANC tem uma responsabilidade histórica de liderar nossa nação e ajudar a construir uma sociedade não racial", disse, sem sequer mencionar o nome de Zuma. Mandela foi aplaudido e tratado como heroi.

Estas eleições são históricas na África do Sul. Jacob Zuma é um político populista, muito diferente do estilo intelectual e politicamente correto que vinha marcando os líderes do país desde o inicío do regime democrático pós-Apartheid. (Veja perfil de Zuma). Zuma deve quebrar uma cultura política construída por Mandela, embora tenha legitimidade por sua origem tribal e forte carisma popular. Ainda não se sabe o que virá de seu governo, certo apenas é que um capítulo está prestes a ser fechado na história da África do Sul. E Nelson Mandela, seu principal protagonista, parece ter o epílogo merecido - reconhecimento e imortalidade.
(colagem de Mandela difundida na web - autor desconhecido)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Jacob Zuma, um populista na África do Sul

Um guerreiro zulu vestido com pele de leopardo... O homem ao lado, Jacob Zuma, não é dançarino de grupo folclórico tampouco animador de auditório, senão o próximo presidente da África do Sul. As eleições ainda estão por acontecer, mas Zuma já ganhou a liderança do Congresso Nacional Africano, partido que invariavelmente fez todos os presidentes pós-Apartheid, o que não deve ser diferente desta vez.

Após décadas mergulhada num regime racista, a África do Sul fimou-se nos anos 90 como a principal democracia do continente. Suas lideranças políticas têm se esforçado em promover políticas modernas, como a implantação do casamento gay. O pai do atual regime, Nelson Mandela, é reconhecido mundialmente pela defesa dos direitos humanos e por aí vai...

Mas Zuma, como bem mostra um perfil do El País, é uma personalidade que no mínimo destoa da tradição dos últimos líderes, como o atual presidente Thabo Mbeki, um reconhecido intelectual. Ele é casado com quatro mulheres e tem dezoito filhos, sem contar suas estripulias públicas e o jeito populista que dá inveja aos mais arraigados caudilhos lationoamericanos. Teme-se que possa ser um Robert Mugabe da África do Sul, o que é improvável, já que o país está distante de ser um Zimbábue.

A ascenção de Zuma se explica por um racha no partido... ele seria uma espécie de Severino Cavalcanti, que se torna opção pela falta (ou abundância) de opções. A exemplo do político pernambucano, Zuma pode se tornar um anti-presidente... mas aí é assunto para outro post.

quarta-feira, 18 de março de 2009

a solução é (não) alugar... Madagascar

O novo líder de Madagascar, Andry Rajoelina, deu para trás no negócio feito com a Coreia do Sul pelo seu antecessor, Marc Ravalomanana, deposto esta semana por um golpe militar. No ano passado, em plena crise inflacionária dos alimentos (antes do debaclè atual), Ravalomanana alugou metade da ilha, pelo período de 99 anos, para a empresa sulcoreana Daewoo Logistics.

A Coreia do Sul dispõe de um território insuficiente para a produção de todo o montante de alimentos que consomem os seus 48 milhões de habitantes. Em troca do aluguel, de obras de infraestrutura como portos e linhas de transmissão de energia, a empresa de desenvolvimento do governo sulcoreano seria autorizada a cultivar e produzir alimentos em metade da ilha, que fica na costa índica da África. A negociata, aliás, foi um dos motivos da queda de Ravalomanana.
Veja reportagem sobre o aluguel no El País.
 
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