
Após décadas mergulhada num regime racista, a África do Sul fimou-se nos anos 90 como a principal democracia do continente. Suas lideranças políticas têm se esforçado em promover políticas modernas, como a implantação do casamento gay. O pai do atual regime, Nelson Mandela, é reconhecido mundialmente pela defesa dos direitos humanos e por aí vai...
Mas Zuma, como bem mostra um perfil do El País, é uma personalidade que no mínimo destoa da tradição dos últimos líderes, como o atual presidente Thabo Mbeki, um reconhecido intelectual. Ele é casado com quatro mulheres e tem dezoito filhos, sem contar suas estripulias públicas e o jeito populista que dá inveja aos mais arraigados caudilhos lationoamericanos. Teme-se que possa ser um Robert Mugabe da África do Sul, o que é improvável, já que o país está distante de ser um Zimbábue.
A ascenção de Zuma se explica por um racha no partido... ele seria uma espécie de Severino Cavalcanti, que se torna opção pela falta (ou abundância) de opções. A exemplo do político pernambucano, Zuma pode se tornar um anti-presidente... mas aí é assunto para outro post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Toda unanimidade é burra" - Nelson Rodrigues