segunda-feira, 13 de abril de 2009

Jacob Zuma, um populista na África do Sul

Um guerreiro zulu vestido com pele de leopardo... O homem ao lado, Jacob Zuma, não é dançarino de grupo folclórico tampouco animador de auditório, senão o próximo presidente da África do Sul. As eleições ainda estão por acontecer, mas Zuma já ganhou a liderança do Congresso Nacional Africano, partido que invariavelmente fez todos os presidentes pós-Apartheid, o que não deve ser diferente desta vez.

Após décadas mergulhada num regime racista, a África do Sul fimou-se nos anos 90 como a principal democracia do continente. Suas lideranças políticas têm se esforçado em promover políticas modernas, como a implantação do casamento gay. O pai do atual regime, Nelson Mandela, é reconhecido mundialmente pela defesa dos direitos humanos e por aí vai...

Mas Zuma, como bem mostra um perfil do El País, é uma personalidade que no mínimo destoa da tradição dos últimos líderes, como o atual presidente Thabo Mbeki, um reconhecido intelectual. Ele é casado com quatro mulheres e tem dezoito filhos, sem contar suas estripulias públicas e o jeito populista que dá inveja aos mais arraigados caudilhos lationoamericanos. Teme-se que possa ser um Robert Mugabe da África do Sul, o que é improvável, já que o país está distante de ser um Zimbábue.

A ascenção de Zuma se explica por um racha no partido... ele seria uma espécie de Severino Cavalcanti, que se torna opção pela falta (ou abundância) de opções. A exemplo do político pernambucano, Zuma pode se tornar um anti-presidente... mas aí é assunto para outro post.

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