
A jogada de Kirchner, o Néstor, pode lhe render um cheque mate, assim como lhe valer a cabeça. Afundada na crise (política, econômica e até dengosa), Cristina (sim, a crise é argentina, mas sobretudo é de Cristina) resolveu antecipar as eleições de outubro para junho, numa estratégia que cheira a politicagem de quinta. Decidiu porque os níveis de popularidade do casal Kirchner diminuem ao longo do tempo, apesar da alta carga de populismo...
Se Kirchner, natural de Santa Cruz, na Patagônia, conseguir boa votação (logo, eleger a tiracolo muitos deputados peronistas em Buenos Aires), dará sobrevida ao atribulado governo de sua esposa. Mas se tiver votação pífia (há o risco, embora pequeno), pode aprofundar ainda mais a crise de governabilidade de Cristina. Tanto que o ex-presidente Carlos Menem, senador vitalício, já advertiu que Cristina pode ter de renunciar se Kirchner, o Néstor, derrapar em Buenos Aires... O tiro pode sair pela culatra.
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"Toda unanimidade é burra" - Nelson Rodrigues