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terça-feira, 28 de abril de 2009

pérola suína: José Serra fala sobre a gripe

Questionado pelos repórteres, na segunda-feira, em Ribeirão Preto, o governador José Serra fez comentários sobre a crise da gripe suína. Veja só como ele está informado:

"Sobre a gripe suína, procurei me informar bem, pois vocês sabem que eu fui ministro da Saúde, mas não sou médico. Ela é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram, quando a pessoa chega perto do nariz do porco. Portanto, a providência elementar é não ficar perto de porquinho algum, mesmo não tendo gripe suína no Brasil, pelo que se constata até agora"

Conclusão: torcedor do time, Serra terá agora de dar explicações ao Palmeiras.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

FHC quer mudar Constituição para impor 'pax tucana'

Matéria de Kennedy Alencar, na Folha, conta que os grão-tucanos já decidiram que vão de José Serra em 2010. A decisão tomada por uma meia dúzia de caciques destoa bastante da imagem de partido moderno, de moldes europeus, que o PSDB costuma evocar. Tanto porque há um outro postulante importante à corrida presidencial - o mineiro Aécio Neves - o que deveria resultar em prévias, como costumam fazer os partidos democráticos.

Que o PSDB é um partido de caciques travestidos de tucanos, não há novidade. Estarrecedora é a proposta de FHC, narrada a seguir (sim, ainda é possível se estarrecer com a tragicômica política nacional):

"O principal defensor de Serra é FHC, que gosta de falar que "política tem fila". Ele tem dito reservadamente que Aécio é jovem e que precisaria entender que é a vez de Serra. (...) FHC aconselhou Serra a fazer um compromisso com Aécio para acabar com a reeleição, caso o paulista se eleja em 2010. Segundo o ex-presidente, deveriam ser dadas as garantias a Aécio de que ele será o próximo postulante do PSDB à Presidência".

Então se muda a Constituição apenas para dar a vez a Aécio??? FHC já impôs a emenda da reeleição em benefício próprio e agora que acabar com o dispositivo por conveniência tucana. Tsc tsc tsc... Não é mais fácil Serra e Aécio fazerem um acordo de cavalheiros (ou de caciques, com dança da chuva e tudo) e acertarem a ordem da fila???

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

o anti-prefeito

"Eu dedico esta vitória ao Serra", foi assim, com os olhos azuis arregalados, sorriso no rosto, que Gilberto Kassab agradeceu pela vitória à prefeitura de São Paulo. O prefeito é bem-agradecido. Tem de ser. Serra foi seu grande fiador. Sem o governador de SP, Kassab continuaria sendo só mais um deputado baixo-clero do PFL (DEM) paulista, ex-secretário de Pitta e representante de um eleitorado meio... antigo. Virou prefeito, por acidente de percurso. Ele era o marionete mais conveniente para Serra. Mas o destino existe para Kassab, nem que seja pela metade. Ele é agora o nosso prefeito, quer dizer...o anti-prefeito.

Sejemos sinceros: quem administra a prefeitura de SP é o secretário das Subprefeituras, Andrea Mattarazzo. Graças ao bom Deus e à maquiavelia de Serra! Imaginem uma cidade governada pelo Kassab mais "primitivo", o Kassab que enxotou chamando de vagabundo um manifestante, o Kassab herdeiro do Maluf way of government? Ele pode ter se redimido e se tornado um neo-tucano travestido de demo. Mesmo assim, Serra preferiu deixar o governo da cidade nas mãos de Andrea.

Filho da fina flor da elite paulista (primo do ex, Suplicy, de Marta), Andrea seria algo como o primeiro-ministro de São Paulo, elegante, quase um personagem romano saído de um filme de Fellini. É a sombra do anti-prefeito.

Com cenário armado para 2010, cabe a Serra agora lidar com os detalhes para dar o cheque-mate. A arquitetura política conservadora está pronta. Mas se quiser ser chegar ao Palácio do Planalto, em 2010, Serra terá de mostrar muita malemolência, descer do salto alto e comer buchada, feito FHC em 1994. Se mantiver sua arrogância típica, vai quebrar a cara. Algo ao estilo Cristina Kirchner. Serra terá de mudar seu estilo negociador (deplorável, na recente "guerra civil" entre as polícias de SP e na ocupação da reitoria da USP, ano passado). Como se comportaria um "presidente Serra" ao negociar a atual crise dos brasiguaios no Paraguai, que deve ser o calcanhar-de-Aquiles da política externa nos próximos anos?

Serra provou que consegue eleger um anti-prefeito em SP. Mas na presidência... bem... na presidência não há espaço para anti-heróis.
 
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