segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

governo da Islândia é o primeiro a derreter com a crise

No último dia 6 de outubro, o premiê da Islândia, Geir H. Haarde, falou em cadeia nacional de televisão:

"Há um perigo real, cidadãos, de que a economia da Islândia, no pior caso, pode ir para o ralo junto com os bancos, e o resultado pode ser uma falência nacional". Ontem foi o dia Haarde ir para o ralo e o governo da Islândia ser o primeiro a derreter com a crise.


No dia do pronunciamento, a outrora caríssima coroa islandesa (que fazia os compatriotas de Björk se sentirem ricos em qualquer parte do mundo) viu 25% do seu valor evaporar. A dívida dos bancos islandeses era imensa e equivalia a 9% do PIB da ilha gelada do Atlântico Norte.

Veja: "Quase 'falida', Islândia é espelho da crise" (MM)

Mas a realidade veio à tona. A bolha da Islândia estourou e o país de 320 mil habitantes e melhor IDH do mundo foi até parar na lista de "terroristas" do Reino Unido (que inclui a Al Qaeda). Tudo porque os bancos islandeses deram um calote em 300 mil investidores britânicos.

O país teve de acorrer ao FMI e, desde então, vive uma situação surreal, de quase falência. Os protestos, inéditos, passaram a fazer parte do cotidiano da antes pacata Islândia. A temperatura subiu na ilha. O governo derreteu.

Para entender melhor a urucubaca islandesa, recomendo o texto antológico "A grande ilusão", de João Moreira Salles, na edição de janeiro, da Piaui.

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